O que acreditas é destruído, blocos de razão desabam. Um pestanejar traz novidades, embarcamos num indefinido incalculável. Porquê?
Porque temos a oportunidade de nos inventarmos vezes sem conta. Nascemos todos os dias. O que fazemos perante este fenómeno? Sussurramos quando gritam por e para nós. A nossa personalidade vai sendo modificada aos poucos, não porque queremos mas porque não gritamos. Limitamo-nos a obedecer aos outros, esperamos pela mudança e nem nos lembramos que nós somos a mudança. Em vez de nos juntarmos e mudarmos juntos, caminhamos sozinhos e vamos contra a vida ou, pior, perdemos o rumo. Antero de Quental uma vez disse: 'Homens como nós mudam de ser moral todos os seis meses. Quantas almas tens tu já conhecido? E eu também, quantas?'. E vocês? Já conhecem o vosso 'eu' destes seis meses?
Se a vida fosse uma dança,
seria lenta, seria junto a teu corpo,
seria enrolada em teus braços,
seriam passos suaves, sem estremecer o chão.
Se a vida fosse uma dança,
seria feita por nós,
seria a única que teria,
seria o nosso momento.
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